sexta-feira, 28 de junho de 2013

NUTRIÇÃO ORGÂNICA DAS PLANTAS


NUTRIÇÃO ORGÂNICA DAS PLANTAS

As substâncias orgânicas que nutrem uma planta são produzidas por meio da fotossíntese em células denominadas de cloroplastos, localizadas principalmente nas folhas.



Nesse processo, as moléculas de água e do gás carbônico, participam das reações que dão origem as substancias orgânicas, tendo a luz com fonte de energia.
A substância produzida na fotossíntese é denominada de seiva floemática ou seiva orgânica.
O gás carbônico necessário a fotossíntese penetra nas folhas através dos estômatos.

ESTÔMATOS

Cada estômato é formado por duas células guardas rico em cloroplastos e circundado por células acessórias com bastante suprimento hídrico.
Entre as células guardas existe uma abertura denominada de ostíolo, que permite as trocas gasosas com o meio ambiente.


A abertura e o fechamento dos ostíolos dependem do suprimento hídrico na planta.
Muita água os ostíolos ficam abertos, pouca água os ostíolos se fecham.
Ao abrir o ostíolo os estômatos permitem a entrada de gás carbônico e a saída de água, isto é sua taxa de transpiração aumenta transpiração estomática.
Ao fechar o ostíolo, a planta perde água apenas pela cutícula, transpiração cuticular. 

FATORES QUE AFETAM A ABERTURA DOS ESTÔMATOS
  • Intensidade luminosa
  • Concentração de CO2
  • Suprimento de água

FATORES QUE AFETAM A FOTOSSÍNTESE
A fotossíntese é afetada por diversos fatores, entre os quais se destaca
  • Concentração de CO2
  • Temperatura
  • Luminosidade

RELAÇÃO ENTRE FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO

A planta utiliza parte dos produtos da fotossíntese como fonte de energia para o funcionamento de suas células. Isso ocorre por meio da respiração celular, processo em que moléculas orgânicas e de gás oxigênio se combinam originado gás carbônico e água. A fotossíntese é um processo inverso, a planta transforma gás carbônico e água originando a seiva orgânica.
Veja as equações abaixo


Durante o dia a plante realiza a fotossíntese e respiração. Durante a noite a planta deixa de realizar a fotossíntese, mas não de respirar.

ANÉIS DE MALPIGHI

É a remoção de parte da casca, formando um anel no caule, interrompendo os elementos floemáticos e bloqueado o fluxo de seiva orgânica.



CONDUÇÃO DE SEIVA ORGÂNICA


A seiva orgânica é transportada pelos vasos floemáticos do local de sua produção para todas as partes da planta de acordo com a hipótese do fluxo de massa ou desequilíbrio osmótico. Os produtos são transportados do gradiente de maior concentração para o de menor concentração. 
NUTRIÇÃO MINERAL DAS PLANTAS.

Por meio da fotossíntese, as plantas produzem a matéria orgânica necessária para constituir seus corpos e para obter energia para o metabolismo.
A  fonte de energia é a luz solar a as matérias primas são o gás carbônico do ar e a água.
Os produtos formados são os glicídios, que são usados pelas plantas como nutrientes, e o gás oxigênio, parte deste é usado na respiração e outra parte é eliminada para o meio ambiente.
Alem da água as plantas retiram do solo os sais minerais, necessários ao seu metabolismo.
O gás carbônico, a água e os sais minerais fornecem a planta todos os elementos químicos necessários para a síntese de substâncias orgânicas.

  
Alguns elementos químicos são necessários em quantidades maiores, os macronutrientes e outros em quantidades menores, os micronutrientes.


Se faltar a planta algum elemento químico essencial, ela poderá apresentar sintomas específicos da deficiência.
A água e os sais minerais, que juntos compões a seiva inorgânica ou xilemática penetram nas plantas pelas extremidades  da raiz na zona pilífera.
Depois de atravessar a epiderme o transporte da seiva xilemática ocorre de duas formas:
Transporta apoplasto -   Pelos espaços externos, entre as membranas celulares das célula.
Transporte simplasto – Através do citoplasma das células epidérmicas.




A seiva que se desloca pelos apoplasto rumo ao cilindro central ao chegar à endoderme são barrados, assim para penetrar ao cilindro central precisam atravessar a membrana plasmática das células endodérmicas.
A seiva mineral ou inorgânica é conduzida até as folhas por um fenômeno denominado de “Teoria da coesão-tensão.” Força gerada pela perda de água na forma de vapor durante a transpiração.



quinta-feira, 27 de junho de 2013

ORGANOLOGIA VEGETAL

AS FOLHAS

As folhas são os órgãos das plantas especializados na captação da luz e das  trocas gasosas com a atmosfera. É nas folhas que ocorrem a maior parte da fotossíntese e respiração.
Desenvolvem-se a partir dos primórdios foliares, que se formam dos meristemas apicais do caule durante o crescimento em extensão da planta. Não tem crescimento secundário como o caule e sim diferenciação foliar para captar a energia solar.
A forma das folhas, assim como a disposição de seus tecidos varia de espécie para espécie, refletindo as adaptações aos diferentes tipos de ambientes.
Tipos mais comuns de folhas possuem bainha pecíolo e limbo


Limbo: parte achatada da folha, ou seja, a lâmina. Na  sua superfície encontram-se os estômatos pequenos orifícios, visíveis somente ao microscópio. Esses orifícios são responsáveis pelas trocas gasosas  com o meio ambiente. No limbo de uma folha, estão as nervuras que contêm os vasos condutores de seiva bruta e seiva elaborada.
- Pecíolo: é a haste que prende a folha ao caule e ao ramo.
- Bainha: é a parte mais dilatada da base do pecíolo, por onde a folha se prende ao caule.
- Estípulas: formações geralmente duplas e pontiagudas que ficam junto a base da folha
Obs.: Em algumas plantas as estípulas podem ser transformadas em espinhos.
- Nervuras: encerram os vasos condutores e podem ser:
• Paralelinérveas: possuem nervuras paralelas, características das monocotiledôneas.

• Peninérveas: uma nervura mediana da qual saem ramificações, características das dicotiledôneas.

Morfologia interna das folhas
Se observarmos uma folha em corte transversal percebemos as seguintes estruturas:
Epiderme superior: revestimento e proteção
Parênquimas clorofilianos paliçádicos: Fotossíntese.
Parênquimas clorofilianos lacunosos: fotossíntese mais arejamento
Epiderme inferior: revestimento e proteção.
As funções da folha
As folhas realizam, principalmente, as funções de fotossíntese, transpiração e respiração.
A Fotossíntese

No processo  fotossintético, os vegetais produzem  as substâncias orgânicas nutritivas de que necessitam para sua sobrevivência. Utilizam, para isso, água, sais minerais, gás carbônico e a energia solar. Essas substâncias  são denominadas de seivas orgânicas.  O principal componente é a água e a glicose, e são transportadas através dos vasos floemáticos  do caule para as demais partes do vegetal, onde serão consumidas ou armazenadas.
A clorofila, pigmento verde, existente  nos cloroplastos, absorve a energia luminosa necessária para que a água, absorvida pelas raízes e o gás carbônico absorvidos do ar  possam ser transformados em glicose. Por isso, as folhas da planta estão sempre dispostas da melhor forma possível para que recebam bastante luz do Sol. Durante a fotossíntese ocorre também a formação de oxigênio, que é liberado para o meio ambiente.
Transpiração
A transpiração é um mecanismo através do qual a planta perde água na forma de vapor, permitindo um controle de temperatura. Ao evaporar, a água retira calor da superfície da folha, refrescando-a.
Devido à transpiração surge na folha uma força de sucção, provocando a subida da seiva bruta. Á medida que a água é perdida por transpiração, a folha retira água do caule e este, por sua vez, a retira das raízes, forçando-as a absorverem seiva bruta do solo.
Com isso, forma-se uma coluna contínua de água no interior do caule, desde as raízes até as folhas.
Fatores que afetam a transpiração
Iluminação: A transpiração está intensamente relacionada com a abertura dos estômatos. Como eles se abrem ao amanhecer, a taxa de transpiração também aumenta com o decorrer do dia, atingindo seu máximo no final da manhã ou início da tarde, diminuindo até ficar com uma taxa baixa, durante o período noturno, quando os estômatos estão fechados.
Umidade relativa do ar: Quando a umidade relativa do ar é baixa, a transpiração tende a aumentar por conta do gradiente de potencial de água formado.
Temperatura: Em condições ideais de água, se a temperatura aumentar, pode-se observar um aumento na transpiração, pois a temperatura causa um efeito sobre o potencial de água.
Água disponível no solo: Os estômatos normalmente se fecham quando há pouca água no solo, diminuindo a absorção e a transpiração, para evitar a desidratação.
Vento: O movimento do ar (vento) sobre a folha retira o vapor de água presente na superfície, promovendo o aumento da transpiração. No entanto se o vento for muito forte os estômatos de fecham.
Estômatos

Estômatos: É a mais importante variação da epiderme, pois regula as trocas gasosas entre o vegetal e o meio externo.
 São formados por duas células epidérmicas  nucleadas e clorofiladas, entre elas há  um orifício denominados de ostíolos  que controlam a transpiração e as trocas gasosas da planta com o ambiente. A abertura e o fechamento dos estômatos são controlados por diversos fatores ambientais, sendo o principal deles a água.
Se no ambiente houver quantidade de água suficiente, as células dos estômatos absorvem mais água das células vizinhas, aumentam de tamanho e forçam a abertura do orifício central. Dessa forma, os estômatos permanecem abertos e a planta perde vapor d'água. Quando o ambiente se torna seco, as células dos estômatos diminuem de tamanho e então o orifício central se fecha, impedindo a perda de água por transpiração.
A folha é o principal órgão de respiração das plantas, devido à presença dos estômatos, mas outros órgãos também respiram, como as raízes, por exemplo.
Respiração


A respiração é um processo inverso ao da fotossíntese. No entanto, enquanto a respiração ocorre dia e noite sem parar, a fotossíntese só acontece em presença da luz. Portanto, durante a noite, quando a fotossíntese é interrompida, as plantas continuam respirando.

Como todos os outros seres vivos, as plantas necessitam de energia para crescer, repor as partes perdidas e realizar outras atividades. É através da respiração que essa energia é conseguida. Todas as células vivas de uma planta respiram.

Para realizarem a respiração, as células precisam do oxigênio presente no ambiente em que as plantas se encontram e da glicose produzida no processo da fotossíntese. Com isso, elas produzem a energia necessária para a realização de todas as suas atividades. No final desse processo, forma-se gás carbônico, que é liberado para o ambiente.

Tipos de folhas





domingo, 9 de junho de 2013

ORGANOLOGIA VEGETAL

O CAULE

ANATOMIA E FISIOLOGIA DO CAULE
O caule é a espinha dorsal da planta, lega e integra raízes e folhas do ponto de vista estrutural e funcional.  O caule é também responsável pelo transporte de seiva inorgânica e seiva orgânica para as diversas partes do corpo da planta.
Na maioria das plantas o caule cresce perpendicularmente ao solo. Há espécie, porém, em que ele cresce horizontalmente, são os chamados estolhos e os rizomas.
PARTES DO CAULE

Ápice, nó e entrenó
.
TECIDOS VEGETAIS

Os tecidos vegetais são agrupamentos de células com determinadas funções.
MERISTEMA
São tecidos embrionários responsáveis pelo crescimento e formação dos demais tecidos da planta. Suas células apresentam grande capacidade de divisão.

1. Meristemas primários


São os meristemas que atuam no crescimento  longitudinal, comprimento  da planta. Localizam-se na extremidade apical do caule e da raiz.
São: Protoderme, meristema fundamental e procâmbio.
1.1.Protoderme - Dá origem a epiderme. Células vivas que revestem as partes jovens da planta podem apresentar:
Pelos,  papilas, acúleos e estômatos.
1.2. Meristema fundamental -  Dá origem aos tecidos de sustentação: colênquimas e esclerênquima.   Os de preenchimento e reserva:  os  parênquimas.
1.3. Procâmbio – Dá origem ao xilema primário e o floema primário.

2. Meristema secundário



São os meristemas que atuam no crescimento transversal  da planta, engrossamento.
São eles: Felogênio e Cambio vascular
2.1. Felogênio – Provoca o engrossamento da casca formando externamente o súber ( células mortas que revestem as partes mais velhas da planta) e internamente a feloderme.
2.2 – Cambio -  Provoca o engrossamento do cilindro central, originando os tecidos condutores; Internamente ao cilindro central encontra-se o xilema ou lenho. Tecido responsável pela condução de seiva inorgânica. Pode ser xilema funcional o alburno e  xilema inativo o cerne.  E externamente o floema ou líber. Tecido condutor de seiva orgânica.



Em certas espécies o número de anéis de crescimento corresponde exatamente ao número de anos de existência da árvore, pois durante cada inverno a atividade do cambio é interrompida, sendo retomada na primavera.  A espessura dos anéis varia de acordo como diversos fatores ambientais,como luminosidade, temperatura, regime de chuvas, água disponível no solo, condições favoráveis anéis mais largos. 

TIPOS DE CAULE

CAULES AÉREOS

Crescem externamente ao solo.
1. Tronco: caule lenhoso verificado em árvores

2. Haste: Caule típico das ervas

3. Estipe: Caule não ramificado, com folhas na extremidade.

4. Colmo: Caule tipicamente dividido em nós e internos

5. Sarmentosos: São caules trepadores encontrados em plantas trepadeiras e providos de gavinhas ou raízes grampiformes para a sustentação.


6. Volúveis- São caules que se enrolam.   Típicos de plantas trepadeiras.

7. Estolhos – Desenvolvem-se horizontalmente sobre o solo emitindo raízes adventícias.

Caules subterrâneos
1. Rizomas -  Caules que se desenvolvem paralelamente ao solo emitindo folhas para cima.

                                     2. Bulbos – Caules subterrâneos formados por folhas modificadas


3. Tubérculos – Caules ricos em substâncias nutritivas


Caules aquáticos

Dotados de parênquimas aeríferos.

Fonte de Pesquisa: Amabes e Martho 
Imagens: Google