sexta-feira, 31 de maio de 2013


ORGANOLOGIA VEGETAL
Botânica ou fitologia é o ramo da Biologia que trata do estudo dos vegetais.
Organologia é a parte da botânica que trata do estudo dos diferentes órgãos vegetais.
A organização corporal de uma planta espermáfita  é esboçada durante a formação da semente. Na maioria das plantas vasculares, o desenvolvimento embrionário origina um esporófito ( organismo) formado por três partes básicas: Raiz, caule e folha.


Em biologia, um órgão  é formado por um grupo de tecido com função específica ou grupo de funções.  “Usualmente existem tecidos “primários” ou embrionários”. E os tecidos permanentes que são os tecidos adultos.
Os órgãos das plantas podem se dividir em:

Vegetativo e reprodutivo.
Os órgãos vegetativos  são:
Raiz, caule e folha.
Os reprodutivos são:
As  flores,  as sementes e os  frutos.

Os órgãos vegetativos são essenciais para manter a vida de uma planta. São responsáveis por diversas funções vitais, como: A fotossíntese, a respiração a condução de seiva etc.
Os reprodutivos são essenciais na reprodução.
Porém nos vegetais também existe reprodução assexuada. Nestes casos  os órgãos vegetativos criam condições para o surgimento de uma nova geração de planta. São exemplos: estaquia, muda, etc.

ORGANOLOGIA DA RAIZ
A raiz é o órgão vegetal responsável pela fixação e absorção de água e sais minerais  de que a planta necessita. Podemos dizer que é o órgão responsável pela alimentação da planta.
REGIÕES DA RAIZ

1. COLO:
Região de transição entre o caule e a raiz
2. ZONA SUBEROSA OU DE RAMIFICAÇÃO:
É  a região de ramos secundários onde  se percebe o brotamento de novas raízes que surgem de regiões internas da raiz principal.
3. ZONA PILÍFERA OU DE ABSORÇÃO:
Região dotada de muitos pelos que aumentam o poder de absorção das raízes. É através desses pelos que as raízes absorvem a maior parte da água e dos sais minerais de que precisa.
4. ZONA LISA OU DE CRESCIMENTO
Região onde se verifica a maior taxa de  crescimento  por mitoses
5. COIFA OU CALIPTRA:
A extremidade da raiz, estrutura
semelhante  um capuz , cuja função é proteger o meristema radicular, um tecido em que as células estão se multiplicando ativamente por mitose. É no meristema que são produzidos as novas células da raiz, o que possibilita o seu crescimento.


CLASSIFICAÇÃO DAS RAÍZES
As raízes se diferenciam de acordo com as funções especializadas que exercem e também pela capacidade que têm de se adaptarem a diferentes ambientes.
Podemos classificá-las basicamente quanto ao habitat: Subterrâneas, Aéreas e Aquáticas.

RAÍZES SUBTERRÂNEAS

São raízes que ficam sob o solo e possuem várias formas, permitindo assim uma
sub-classificação: Axial ou pivotante, ramificada, fasciculada e tuberosa.
 1- Raiz Axial ou Pivotante

Neste tipo de raiz,  subterrânea, típico das dicotiledôneas, é possível detectar com clareza uma raiz principal distinta das raízes secundárias.
  
2. Raiz Ramificada



No tipo de raiz subterrânea ramificada não é possível detectar tão facilmente a raiz principal das outras raízes. Pois como já diz o próprio nome há uma ramificação secundária, terciária e assim sucessivamente, sempre a partir da raiz primária. Veja na figura abaixo: 

3. Raiz Fasciculada


Neste caso é impossível distinguir a raiz principal das demais raízes secundárias.

4. Raiz Tuberosa


A principal característica deste tipo de raiz é o acúmulo de reservas de nutrientes, sendo muito utilizada na nossa alimentação.
  
RAÍZES AÉREAS

Essas raízes são visíveis, pois ficam sempre acima do solo.
Os  subgrupos dessas raízes, são: estranguladoras, grampiformes ou aderentes, respiratórias ou pneumatóforos, suporte, sugadoras e tabulares ou Sapopemba.
  
1- Raiz Estranguladora

  
São raízes que, de certa forma, “abraçam” outro vegetal. Na maioria dos casos onde isto ocorre há a morte do hospedeiro. 

2- Raiz Grampiforme ou Aderente


Essas raízes são responsáveis por fixar a planta trepadora à um suporte. Veja na figura abaixo:
  
3- Raiz Respiratória ou Pneumatóforo

  
Esse tipo de raiz é responsável por auxiliar a respiração do vegetal, como já diz seu nome.
  
4.- Raiz Suporte

  
Esta raiz auxilia no suporte do vegetal. É comum encontrarmos este tipo de raiz nos manguezais.

5- Raiz Sugadora


Este tipo de raiz adentra o corpo da planta hospedeira, de maneira a absorver todo ou parte do alimento do vegetal. 

6 - Raiz Tubular ou Sapopema


São raízes grandes, bem desenvolvidas, que conferem estabilidade para planta.
  
7. Raiz adventícias escórias



As raízes adventícias dão suporte e estabilidade física para a planta. Contribuem pouco na absorção de água e de nutrientes para o potencial de produção da planta

RAÍZES AQUÁTICAS


Como o próprio nome já traduz, esta raiz se desenvolve em plantas aquáticas. Diferindo das raízes subterrâneas, a função deste tipo de raiz não é fixar, mas apenas absorver os nutrientes flutuantes presentes na água.

ESTRUTURA DA RAIZ JOVEM
Se observarmos ao microscópio a zona de maturação celular de uma raiz, em corte transversal veremos três conjuntos  de células concêntricas formando três camadas: A epiderme, o córtex, e o cilindro vascular .



1. EPIDERME

É constituído por uma única camada de células que reveste externamente a raiz e fica em contato com o solo. As paredes das células epidérmicas são permeáveis a soluções aquosas.
A água e os  nutrientes minerais necessários ao metabolismo da plantas são absorvidos por essas células
  

2. CORTEX
Localiza-se abaixo da epiderme e é constituído por várias células que se diferenciam dando origem aos tecidos de preenchimentos
 ( parênquimas)  e sustentação (esclerênquimas) Internamente ao córtex forma-se uma camada denominada de endoderme.

3. O CILINDRO VASCULAR
Internamente á endoderme, ocupando toda região central da raiz, encontra-se o cilindro vascular, também chamado de cilindro central. A camada mais externa do cilindro é denominada de periciclo e a mais interna contém o sistema vascular, responsável pelo transporte das seivas mineral e orgânica. Que são:
O xilema também chamado de lenho, são vasos traqueídes, conduzem a seiva mineral. O floema ou líber, vasos crivados conduzem a seiva orgânica.




FISIOLOGIA DA RAIZ

ABSORÇÃO DE ÁGUA E SAIS MINERAIS
A união de água e sais minerais forma a chamada seiva bruta. Esta seiva penetra pelas plantas através das raízes (zona pilífera) que, como já vimos, são estruturas especializadas na absorção destes.
O transporte de água e de sais minerais (seiva bruta) do solo até as raízes pode ocorrer de duas formas:
A primeira delas é denominada de transporte simplasto e neste caso a seiva bruta chega à região central da raiz atravessando todo o citoplasma das células. Ou seja, há um gasto de energia muito grande para atravessar as membranas e os citoplasmas.
A segunda  forma de transporte é denominado de transporte apoplasto e se caracteriza pelo fato da seiva bruta chegar ao centro da raiz atravessando as paredes celulares sem, entretanto, atravessar o citoplasma das células. É um transporte mais rápido.

Observe a figura abaixo e veja como se dá o transporte simplasto e o apoplasto.



Uma vez absorvido pelas raízes, estes elementos precisam chegar até as células do xilema, (traqueídes),  tecido condutor de seiva bruta para que esta  seja transportada até as folhas, onde ocorrerá a fotossíntese